13

Oct 2007

Os olhos que vêem as cores

Quando eu tentei fechar os olhos e não ver a poesia, tentei olhar o vaso de plantas como simplesmente uma coisa verde, tentei olhar as pimentas como meras bolinhas vermelhas… vôou um pequeno inseto pela porta, parecia uma minúscula fada branca, ela vinha de uma direção, para onde eu olhei – ouvi um ruído vindo de lá!

Uma bruxa, uma borboleta enorme, preta e amarela, acabou de acordar e tentava desajeitadamente voar. Conseguiu. Foi à lâmpada se esquentar… e a pequena fada branca reapareceu, assistindo a tudo…

E até agora ouço as asas da bruxa batendo.

E noto: não querem meus olhos fechados. A poesia, o conto-de-fada, a magia… a beleza… é o que faz a minha vida ter sentido.

A bruxa pode voar, a fada observar, eu escrever ou a borboleta se debater porque acabou de sair de seu casulo, o pequeno inseto branco voar despreocupado e eu… não ser ninguém.

envie um e-mail

powered by WordPress

Post RSS | Comments RSS