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May 2007

Aventuras no Ônibus

Hoje no ônibus na volta para casa fui acordado de meu cochilo por um homem gritando pro motorista ir direto pro hospital: uma mulher estava passando mal, não sentia o corpo.

Engraçado como as pessoas reagem: umas se encolhem duvidando, outras com medo, outras (a maioria) começa a resmungar, ouvi até o comentário que existia o 911 para isso, e que o motorista não deveria levá-la.

No fim o motorista levou, mas eu não vi o que aconteceu, preferi descer e pegar um terceiro ônibus, pelo menos eu desceria mais perto de casa… e acabei chegando mais cedo que o normal. Mas eu achei bonita a atitude do motorista, de pisar fundo e ignorar os passageiros irritados, mesmo que isso não seja mais que a obrigação dele. E me diverti com os resmungões por acabarem ficando lá dentro.

Mas andar de ônibus sempre trás histórias para contar: ora uma pessoa resolve tirar a roupa lá dentro, ora tem uma dona cantando hinos evangélicos, muito desafinada, e um menino sentado do seu lado com a unha do dedão muito estranha rindo tímido, tentando puxar assunto.

Ou alguém que a gente encontra. Ou um motorista que gosta de fechar outros, que brinca de racha e faz a gente ter que ir até a terceira faixa pra conseguir embarcar no ônibus. Ou, a gente acaba encontrando alguém que deixa a gente mudo, e reencontrando mais uma vez, e outra… e sempre é assim, a gente continua mudo, sem saber o que fazer.

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