29

Jun 2007

Novo endereço

Novo endereço.

Não é simples mudança de endereço, de serviço, de nome, de cara e de lugar.

Desta vez é um crescimento.

Confiram o novo endereço:

www.cadugarcia.com

=)

À partir de agora este endereço não será mais atualizado.

22

Jun 2007

Inverno

O solstício foi ontem, o inverno começou oficialmente ontem. Mas uma coisa que um amigo meu (Marcos Reis) falou uma vez me fez pensar: os solstícios e equinócios, se você pensar bem, não são o começo da estação, mas o meio dela: o solstício de inverno é quando temos menos luz de sol, e então fica mais frio… mas se temos x horas de sol no solstício de inverno, e nos equinócios temos x+y, porque o inverno não é o período em que temos x+y/2 até o outro x+y/2?

Acho que não fui muito claro, mas nem importa, esta data é importante pra mim, importantíssima! É uma daquelas que eu fico esperando, contando os dias, e quando chegam fico eufórico. Eu vivo esperando pelo 15 de fevereiro, pelo 20 de março, pelo solstício de inverno e por setembro inteiro! Cada uma destas datas guarda uma coisa especial pra mim… e esta guarda um espelho negro, um lago sem uma onda, uma forte tendência a introspecção. Mais ou menos nessa época eu passo por dias mudos, simplesmente mudos… e silenciosos, não gosto nem de ouvir.

O inverno é minha estação favorita, prefiro fazer tudo no inverno, nas outras épocas eu espero – no verão eu não existo.

Ia só citar o inverno… mas falei tanto.

Estou triste hoje, esta época me deixa confuso, época de arrumar a bagunça interna (do quarto inclusive). Tem sentimentos que eu tenho que às vezes imagino como seria fácil viver sem… ou se eu simplesmente conseguisse vivê-los direito.

Enfim, estou ansioso pelo próximo mês: poderei dormir pelo menos oito horas por noite de novo. =)

20

Jun 2007

Compra-se horas de sono

E hoje eu acordei no meio da noite pensando que não estava sozinho, tinha alguém comigo num iFrame. Era só uma programação de quatro linhas e a pessoa estava em dois lugares ao mesmo tempo.

Mas iFrame também era o nome de uma camisa em formato de delta, que funcionava como asa delta também, e um ursinho de pelúcia vestia.

E indo pro trabalho o ônibus subiu o viaduto mas caiu pela sombra e começou a andar pela via de baixo.

Mais coisas aconteceram, mas eu não consigo lembrar: a minha memória, sim, consegue dormir.

17

Jun 2007

Facebook

Ok ok!
Eu vou ceder!
Vou começar a usar com mais ‘vontade’ meu Facebook.
Acabei de ler o artigo da Daniele comparando Orkut e Facebook… e de verdade, eu estou cansado do orkut, e o MySpace me assusta! Quem sabe o Facebook não me dê um alento…

Se quiser me adicionar, veja meu perfil aqui.

15

Jun 2007

O milagre de chegar em casa

Hoje fiz um caminho diferente para voltar do trabalho, e ter chegado tão rápido, apesar de ter saído quase no horário do rush, foi praticamente um milagre.

Cheguei em casa, tomei um café, liguei o computador e fui ver e-mails, notícias (pelo iGoogle, amo iGoogle) e achei uma falando do caos que São Paulo passou por esta tarde: manifestação, metrô quebrado, acidentes, recordes de congestionamentos…

Estava tudo parado, lotado, cheio de filas… mas eu passei por tudo isso, sentado e rápido.

O primeiro ônibus que passou no ponto ignorou meu sinal – sorte minha. Peguei o segundo, experimentando um novo caminho. Normalmente eu demoraria uma hora e meia pra chegar em casa, e passaria disso, pelo menos 50 min num ônibus lotado, em pé e cheio de gente suada, por causa do horário. Mas eu fui sentado, o ônibus estava quase vazio, e ‘ignorando’ congestionamentos, as linhas que eu peguei só passam em corredores.

A manifestação dos estudantes e professores da USP começou no MASP às 16h… mais ou menos nesse horário eu estava passando ‘por baixo’, na Av. 9 de Julho, e dormindo.

Mas tem o viés que pra isso eu preciso pegar metrô – e eu passei pela Sé, na linha vermelha, sem nem desconfiar que a linha azul estava com problemas, naquela mesma estação! – e daí pagar mais.

Em São Paulo, chegar em casa inteiro e de bom humor, depois de atravessar a cidade, é sempre um milagre…

10

Jun 2007

A Vassoura que não sabia dançar – capa

A Vassoura que não sabia dançar


08

Jun 2007

A Vassoura que não sabia dançar

Um conto infantil…

Quem sabe eu volte a escrever como escrevia antes.

Este conto é parte de um trabalho do curso, tive que enfrentar meus dragões, matar uma boa parte deles, e voltar a juntar palavras.

Era uma vassoura que não sabia dançar.

Ela vivia num teatro, ficava atrás da coxia ouvindo o balé, o sapateado e aplausos das platéias à noite. Só saía de lá para limpar a poeira, os confetes e os papéis brilhantes que caíam durante o espetáculo.

Imaginava como seria lindo ver aquilo tudo acontecendo… a chuva de papéis coloridos, parecendo uma chuva de gotas brilhantes, as dançarinas desviando de cada uma delas, a música extenuante… E lamentava, e sentia uma dor profunda… não podia ver nada disso, não podia dançar com elas…

Era uma vassoura muito triste, detestava sua forma: achava que tinha cabelos horríveis, que era dura demais para a dança! Era uma vassoura de piaçava ainda, tão antiga… Não sabia, mas vivia num teatro simples, decadente, mas mesmo assim acreditava que ali no palco estavam as portas para o paraíso.

Toda noite, logo que as últimas luzes se apagavam e o barulho da porta dos fundos se fechando era ouvido, como um despertador, ela emitia seu ruído de vassoura triste. Tentava se mover, tentava dançar, mas sozinha era incapaz. Chorava toda noite, e rezava às vassouras que viveram antes dela, rezava para que um dia pudesse ser diferente, pudesse dançar. Alguns dias ela praguejava, nunca soube de vassouras dançarinas, e por isso odiava ser o que era, odiava todas as vassouras.

Mas em outros dias lembrava-se que só viu vassouras quando era bem nova, quando ainda não tinha vindo ao teatro, e mal se lembrava desses dias tão distantes… era uma vassoura velha, sozinha, num teatro decadente.

Foi tanto tempo assim, dias tristes e sem esperança.

Uma nova menina começou seu espetáculo, ela era diferente das outras, era deslumbrada e desajeitada.

O novo espetáculo chamava-se A Bruxa do Carvalho, e precisavam de uma vassoura como esta de nossa história. A menina seria a bruxa.

No fim da dança os camponeses e camponesas perseguiam a bruxa próximo a um carvalho, e ela fugia, voando em sua vassoura, mas não sem antes mostrar os seus poderes chamando a vassoura que ficava escondida entre as folhas da árvore.

Ela caía no chão, com graça, como se fosse também uma bailarina, e dançava com a bruxa. Cordas no teto a ajudavam. Tudo era feito com tanta graça que nem parecia uma vassoura dura e chorona, ela parecia mesmo uma bailarina, se curvando conforme girava com velocidade.

Depois a vassoura levava a bruxa embora, observada pelo olhar assustado e aterrorizado dos camponeses. E o espetáculo fez tanto sucesso que a vassoura se tornou parte do elenco definitivo da casa, e outra vassoura foi comprada, a nossa não varria mais o palco. A bruxa fez seu sonho se realizar.

30

May 2007

As pessoas procuraram e acharam (!)

Descobri isso no WordPress.

Olha o que procuraram e acabaram caindo aqui:

orkut scraps igoogle
compotador dos meus sonhos
como o homem deve usar cachecol?
Poesias sobre Garça

Bem, eu uso cachecol em volta do pescoço, e você?

Pena que só mostram dos últimos sete dias.

26

May 2007

Sobre pessoas e destinos

É tão difícil e dolorido quando a gente nota que um sentimento que foi tão grande deixa de existir.

Ver as pessoas mudando, e mudando para longe da gente, machuca – mais o ego que o coração, mas a dor ainda está ali.

É ruim notar que estamos seguindo um caminho que não é mais o mesmo, que estamos nos distanciando daquelas pessoas que conhecemos numa encruzilhada por aí. Eu sinto falta de muita delas. Mas eu sinto mais falta daquelas que por um tempo seguiram comigo… pareceu que seguiriam para sempre.

Mas eu fui egoísta, existem caminhos que estão ali para serem seguidos sozinhos.

A saudade está aí, vinda daquelas pessoas que cruzaram a minha vida para me fazer lembrar do meu caminho, e da minha força. Umas pessoas que surgiram, aconselharam ou correram, me olharam com carinho ou me encararam secamente. Mas são todas pessoas que me fizeram lembrar.

Mas a dor está aqui. O monstro continua se alimentando, roendo as raízes da árvore que sustenta a minha alma, lá no meu coração, e vai ficar até matar essa alma, até poder sair de lá, devastando tudo que encontrar.

E também dói quando aprendemos a amar alguém que sabemos que se distanciará de nossos caminhos.

Isso tudo só me faz lembrar que amor não deve exigir. No momento que faz isso começa a envelhecer e a morrer… envenenado.

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