26

Mar 2008

Afinal, eu agradeço aos deuses

Ontem eu fui pro MASP ver A Arte do Mito.

Gostei bastante, apesar de todas as obras (esculturas, pinturas, pratos e algumas peças de cerâmica) serem sobre mitologia greco-romana.

De terça-feira é gratuito até 18h, pra quem quiser ir.

Depois eu vi As Crônicas de Spiderwick, dublado, porque era o que tinha pra passar o tempo até encontrar a Dee. Mas valeu, gostei do filme, mas fiquei chateado lá dentro de pensar que um dia eu pude acreditar que poderia escrever uma história dessa temática e estar passando por um momento que escrever um e-mail já é um sacrifício. Criar não anda se repetindo muito na minha agenda…

Mas o dia seguiu como deve seguir, conversei bastante, tomei café, foi legal.

E na hora de ir embora os deuses resolveram brincar comigo, nos três ônibus que eu peguei sentei perto de “pessoas normais” voltando da faculdade, provavelmente. E eu agradeci a todos os deuses, os reais, os imaginários, os pessoais, os universais, todos eles! Eu agradeci aos deuses por não ser normal. Por não ser uma pessoa que acha o livro Oração e Trabalho suuuper interessante pra ler todas as manhãs e achar, mesmo, que ele não tem nada a ver com religião, que não ter paciência com literatura, que só gostar de Freud e auto-ajuda barata, que fala sobre o chefe de 24 anos como se ele fosse uma pessoa sarcástica, cruel, terrível, que adora ver alguém sofrer, uma pessoa que apesar disso pretende que ele pague sua faculdade e passar 12 horas num escritório com as únicas refeições do dia serem o almoço e duas frutas.

Eu agradeci aos deuses por nunca ter passado por isso antes. Eu agradeci aos deuses por acreditar neles. Por acreditar que eles têm mais o que fazer do que ficar pentelhando minha vida ou testando a minha fé.

Porque… gente normal me cansa.

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