11

Jul 2008

Jornadas

Acabei de ler o livro Jornada do Escritor, de Christopher Vogler, emprestado pelo Nicole…

Falando nisso, se alguém quiser me dar uma cópia de presente, ou indicar um lugar para compra… 😉

Gostei muito do livro, acho que ele representa tanto pra mim quanto o Orlando, da Virginia Woolf, veio num momento de mudanças na minha vida, e me guiou por caminhos desconhecidos.

A mudança de agora? Eu estou sentindo o rumo da minha vida de novo, estou sentindo meus sonhos dentro de mim, o caminho continua nebuloso, mas é mais certo. E é confortável seguir um caminho que a gente sabe que é nosso, mesmo que ele seja difícil.

É um conforto diferente, um conforto de voltar pra casa.

Mais do que nunca eu me sinto eu amigo do vento, um espírito livre.

O livro chama essa etapa da jornada de aceitar a aventura, já passei pelo meu mundo comum, o problema já me foi apresentado, eu hesitei, algo/alguém surgiu pra me guiar, pra me mostrar um mapa e uma experiência sobre esse mundo especial.

Agora, virão os obstáculos.

20

Jun 2008

Reconstrução, mundos, heróis e vilões

Quando eu assistia InuYasha adorava ver o Naraku absorvendo os outros, se isolando em alguma caverna dentro daquele universo cheio de youkais e pessoas assustadas pra se “reordenar”, pra criar novos monstros com pedaços dele, se refazer.

Aquilo me encantava.

Porque eu acredito que somos assim.

Um momento de isolamento é sempre bom pra rever conceitos, reavaliar a influência que as pessoas têm sobre nós (até o quanto nos inspiramos nelas), recolocar sentimentos, prioridades, objetivos e até os medos.

Também acredito naquela história de que o corpo nunca fica doente sozinho, uma doença física atinge nossa disposição, nossa mente, nosso coração e nosso “espírito”, todos os nossos corpos. E vice-versa também.

E essa reorganização é vital, ter as coisas engasgadas, presas, acumuladas faz mal. É a mesma coisa que largar o quarto bagunçado e ir acumulando mais e mais até começar a mofar roupas que você nem lembra mais que tem, e ratos, baratas, insetos e outros tomam conta de tudo.

Naraku é o fundo do inferno, o mais profundo deles, em sânscrito. Eu acho que tanto o universo (ou a existência, porque já falam de multiverso, logo serão mais de um multiverso) como nós somos feitos de vários mundos. Todos nós temos o nosso fundo do inferno interior, temos nosso paraíso, nossa terra dos elfos, dos trolls, dos gigantes. E cada um desses mundos é um mundo, um mundo em todos os sentidos.

Daí eu acredito que somos só o que nos dispomos a ser.

Mas eu não desprezo os maus, os fracos, os corruptos. Eu escrevo e sei da importância deles pra uma boa história e sei que existe algo “humano” em qualquer monstro e eles morrem mais sozinhos do que qualquer herói.

16

Jun 2008

Mesa Redonda de Literatura Fantástica

Vejam aqui.

29

May 2008

Carta a Ninguém (ou a Todos que Moram no Mundo Dentro de Mim) I

Criar faz a gente entender mais de si e daquilo que nos rodeia. Acaba sendo um reflexo, enfeitado, rebuscado e idealizado, do que vemos, não da realidade. E criar nos daz perceber o quanto a realidade em si é subjetiva.

Escrever, criar um mundo de fantasia – nem sempre um mundo tão diferente do que vivemos – faz a vida ter outro sentido. As loucuras ficam menos estranhas, entender é mais fácil. Talvez a única coisa que mude é a forma como encaramos tudo, é a nossa realidade, e talvez ninguém mais note a diferença.

Já não é segredo, caro ninguém, que eu crio um mundo fantasioso, brinco com a realidade e a percepção: escrevo contos, pequenos e grandes.

(more…)

17

May 2008

Dos amuletos mágicos

Amuletos mágicos, de proteção, de cura, de maldição, de inspiração ou de qualquer intenção, não devem ser criados levianamente, eles são vivos, e devem ser gerados, moldados, educados, e devem morrer e ter seus funerais.
A vida deles é dada pelo feiticeiro, que oferece parte de si ou de um sacrifício. Ele deve ser educado, deve ser direcionado para seu objetivo: inspirar, curar, proteger, amaldiçoar, ou qualquer outro. Depois de cumprido seu destino ele deve morrer, sua energia volta de onde veio (o feiticeiro), é oferecida em sacrifício ou se perde.

envie um e-mail

powered by WordPress

Post RSS | Comments RSS