25

Sep 2008

A mágica da memória

É fácil e conveniente dizer que o passado é duro e não se muda.

Mas eu vou contra o bom-senso e digo que o passado é tão acessível e mutável quanto o presente ou o futuro.

O que nossa mente reconhece são informações que sentimos, e o passado é o que está em nossa memória. Os fatos não importam na construção do presente. Os fatos são matéria morta que damos vida em histórias dentro de nossas vidas, e o que sabemos do passado são histórias contadas, são floreamentos de fatos.

Vejam como funciona a História, é uma ciência linda, procurando reconstruir a história do passado, usando Arqueologia, Historiografia, Antropologia e outras ciências… buscando resquícios factuais do passado no presente, e encaixando tudo numa História. Mas Histórias são feitas pra comunicar com a alma, com o coração, com o intelecto ou qualquer outra parte INTERIOR.

Passado são histórias, não fatos.

E histórias são construídas em cima fatos, enxertadas com fantasia. Atitudes são tomadas por causa de nossos valores. E valores são construídos em cima da sensação dos fatos.

O presente é construído da mesma forma, temos novas situações, novos fatos, e a sensação, que é completamente influenciada pelo Passado, através dos valores.

O Passado é um conceito. Conceitos podem mudar.

Podemos usar a Mágica da Memória, voltar a memória no tempo, reviver toda aquela situação, chorar as mágoas de novo, rir de novo, sentir os cheiros, luzes, calor ou frio, tudo dentro da mente. E então refazer os valores, reconstruir, primeiro desconstruindo a sensação da situação, analisando, tentando e enxergando, “sentindo”, de outros lados, entendendo que a situação é só uma situação, que o valores são reações. Assim grandes traumas se tornam grandes lições. E quando voltamos pro presente temos um “efeito borboleta” dentro da mente. Tudo é diferente. A vida passa a ser mais “fresca”.

Então o Passado, como a influência manipuladora do Presente, muda.

Isso é um pouco de Reprogramação Neuro-lingüística, um pouco de Magia…

18

Sep 2008

Um pouco sobre o agora

Algumas coisas podem ser ditas, algumas coisas crescem na luz da consciência alheia.

Há seis anos eu decidi como seria o cenário da história de meu livro. Há três anos eu decidi quem era meu protagonista e sua história. E por um ano eu planejei sua trama.

Com a atividade de criar a história eu aprendi muito sobre a vida. Aprendi sobre padrões, sobre pessoas, sobre escolhas.

Mas eu escolhi mal meus heróis de atividade, Camões, Virginia Woolf… e resolvi atirar pedras em Tolkien, apesar de saber, mas negar, que eu tinha nele uma ótima figura para me inspirar. Camões foi um fracassado em sua época, apesar da grande obra que fez, que eu admito, nunca li inteira. Virginia Woolf enlouqueceu e acabou suicidando. Tolkien morreu velhinho, acredito que feliz.

A maldição da história é se envolver na história dos personagens, e sem notar, se envolver na trama deles. A maldição do contador de histórias é passar a viver todas as suas histórias.

E agora eu me vejo numa busca entre papéis, procurando, tentando fazer jorrar a água da fonte que outrora eu aterrei. Como meu personagem que passou anos morto e é acordado, volta, e não se lembra de nada. Passa outros anos procurando sua identidade, pra no fim… bem, não vou contar o fim de uma história que nem escrevi ainda.

Eu procurei entre textos antigos e lendo o que leio encontro pedaços de mim que deixei para trás, e me condeno: Ah! Por que eu não mantinha um diário? Faria o meu trabalho muito mais fácil. E é por isso que mantenho um agora.

Eu penso… é ridículo estar procurando entre papéis velhos o que eu deveria ter aqui dentro. É difícil retomar o fio da meada. Mas eu continuo na busca, na luta, na jornada.

Assim, eu oficialmente mudo o tema e objetivo do meu blog… ele passa a ser MEU blog, não um blog sobre isso ou aquilo, como eu pretendi mas nunca cheguei a de fato ser, e será como sempre deveria ter sido.

04

Sep 2008

Desabafo

Eu lembro até hoje de algo que foi dito no filme Brás Cubas… era algo parecido com isso: “Bem, agora posso contar sobre a minha vida, estou morto e não preciso mais mentir”…

Por que a gente insiste em deixar passar as oportunidades e os bons momentos por coisas que não têm importância nenhuma?
Orgulho?

Bem… o orgulho é pros outros e perde o sentido depois que morremos, daí não faz mais sentido mentir.

02

Sep 2008

Google Chrome

Agora o Google resolveu entrar pro mercado de Browsers.

Acabei de baixar e estou testando…

Só me chateou que meu blog distorce. Preciso ajustar o código…

www.google.com/chrome

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