20

Jun 2008

Reconstrução, mundos, heróis e vilões

Quando eu assistia InuYasha adorava ver o Naraku absorvendo os outros, se isolando em alguma caverna dentro daquele universo cheio de youkais e pessoas assustadas pra se “reordenar”, pra criar novos monstros com pedaços dele, se refazer.

Aquilo me encantava.

Porque eu acredito que somos assim.

Um momento de isolamento é sempre bom pra rever conceitos, reavaliar a influência que as pessoas têm sobre nós (até o quanto nos inspiramos nelas), recolocar sentimentos, prioridades, objetivos e até os medos.

Também acredito naquela história de que o corpo nunca fica doente sozinho, uma doença física atinge nossa disposição, nossa mente, nosso coração e nosso “espírito”, todos os nossos corpos. E vice-versa também.

E essa reorganização é vital, ter as coisas engasgadas, presas, acumuladas faz mal. É a mesma coisa que largar o quarto bagunçado e ir acumulando mais e mais até começar a mofar roupas que você nem lembra mais que tem, e ratos, baratas, insetos e outros tomam conta de tudo.

Naraku é o fundo do inferno, o mais profundo deles, em sânscrito. Eu acho que tanto o universo (ou a existência, porque já falam de multiverso, logo serão mais de um multiverso) como nós somos feitos de vários mundos. Todos nós temos o nosso fundo do inferno interior, temos nosso paraíso, nossa terra dos elfos, dos trolls, dos gigantes. E cada um desses mundos é um mundo, um mundo em todos os sentidos.

Daí eu acredito que somos só o que nos dispomos a ser.

Mas eu não desprezo os maus, os fracos, os corruptos. Eu escrevo e sei da importância deles pra uma boa história e sei que existe algo “humano” em qualquer monstro e eles morrem mais sozinhos do que qualquer herói.

Algumas coisas

Estou de férias do mundo, aproveitando a época antes do solstício pra repensar muita coisa.

Pra quem quer ver Sakuras, vá pro Ibirapuera, na margem do lago, perto do riacho do sapateiro, atrás do Pavilhão Japonês, elas começaram a florescer.

A Mesa-redonda? Eu não fui, problemas de última hora. Mas o Falando de Fantasia prometeu disponibilizar vídeos (e eu estou ansioso pra ver) e fez uma resenha.

Passei o dia dos namorados dormindo, depois de fazer uma endoscopia…

E ainda dá tempo de baixar o Firefox 3, pra colaborar pra entrar no Guinness como o software mais baixado em 24horas. Eu já baixei.

Falando em Guinness, sexta é o Internet Big Bang. Um bando de gente vai entrar neste endereço e outro recorde vai ser registrado: o maior número de visitantes simultâneos na página. Será que o servidor deles aguenta?

E o solstício é sexta, dia 20, 20h45.

Eu também não falei da Conferência de Wicca que eu fui. Wagner Périco e Lord A me surpreenderam e suas “palestras” foram marcantes. Eu falaria mais sobre mas não quero. E a conferência foi o primeiro passo da minha quebra de preconceitos pra esse lado do paganismo. Eu repito, foi super proveitoso e positivo.

Agora, ansioso pra Fantasticon.

E trabalhando junto com a Nicole na produção de um material de divulgação do livro dela An-Pu: o manuscrito de Wadjet.

26

Mar 2008

Afinal, eu agradeço aos deuses

Ontem eu fui pro MASP ver A Arte do Mito.

Gostei bastante, apesar de todas as obras (esculturas, pinturas, pratos e algumas peças de cerâmica) serem sobre mitologia greco-romana.

De terça-feira é gratuito até 18h, pra quem quiser ir.

Depois eu vi As Crônicas de Spiderwick, dublado, porque era o que tinha pra passar o tempo até encontrar a Dee. Mas valeu, gostei do filme, mas fiquei chateado lá dentro de pensar que um dia eu pude acreditar que poderia escrever uma história dessa temática e estar passando por um momento que escrever um e-mail já é um sacrifício. Criar não anda se repetindo muito na minha agenda…

Mas o dia seguiu como deve seguir, conversei bastante, tomei café, foi legal.

E na hora de ir embora os deuses resolveram brincar comigo, nos três ônibus que eu peguei sentei perto de “pessoas normais” voltando da faculdade, provavelmente. E eu agradeci a todos os deuses, os reais, os imaginários, os pessoais, os universais, todos eles! Eu agradeci aos deuses por não ser normal. Por não ser uma pessoa que acha o livro Oração e Trabalho suuuper interessante pra ler todas as manhãs e achar, mesmo, que ele não tem nada a ver com religião, que não ter paciência com literatura, que só gostar de Freud e auto-ajuda barata, que fala sobre o chefe de 24 anos como se ele fosse uma pessoa sarcástica, cruel, terrível, que adora ver alguém sofrer, uma pessoa que apesar disso pretende que ele pague sua faculdade e passar 12 horas num escritório com as únicas refeições do dia serem o almoço e duas frutas.

Eu agradeci aos deuses por nunca ter passado por isso antes. Eu agradeci aos deuses por acreditar neles. Por acreditar que eles têm mais o que fazer do que ficar pentelhando minha vida ou testando a minha fé.

Porque… gente normal me cansa.

12

Mar 2008

Vidro de rascunho

Hoje eu peguei uma revista de bolso nO Santo Sanduíche, no Brooklin, (e o lanche é ótimo) e vi um artigo de uma agência com divisórias de vidro, e usam as divisórias pra escrever, deixar recados, usar em reuniões, brincadeiras e o que mais imaginarem. Usam canetinha  hidrográfica que é fácil de limpar.

Adotei a idéia, mas em versão menor:

Cortei o plástico que  protegia o monitor na embalagem e coloquei no lugar do vidro de uma moldura que desmanchei, agora ele está na minha mesa cheio de rabiscos de idéias pro meu portfólio (voltei com a idéia, e vou pesquisar, fazer bonitinho, sem pressa, desta vez).

Economizo papel agora, faço menos lixo.

05

Mar 2008

Seriously, Im fine

Eu quero!

Seriously, Im fine

by The Amazing Shape

02

Mar 2008

Uma cena da vida real

Descrever algo que se passou no seu dia.

Fui pra casa da minha avó hoje, não é frequente, não é mais rotina… Mas aconteceu alguma coisa diferente hoje.

Fiquei boa parte do tempo vendo meus primos jogando God of War II, tentando passar pra eles o que os personagens falavam (em inglês) e explicando quem era quem na mitologia (eu fiquei muito feliz por poder falar sobre isso, fazia tanto tempo que eu não conversava sobre mitologia grega) e tentando entender onde se encaixava a história.

Depois mandaram parar o jogo pra assistir um DVD de uma festinha de aniversário de muito tempo atrás, sei lá, talvez dez anos… Dei-me por satisfeito quando me vi no filme, pelo menos na primeira parte eu não estava com cara de criança velha e ranzinza (mas estava num natal, a próxima parte do dvd), e até dançava freneticamente… descobri que isso não é nada novo na minha vida…

Mas pararam porque as crianças foram brincar na rua e voltaram gritando pedindo ajuda porque um vizinho caiu do telhado e estava sangrando. O resgate demorou a chegar… eu subi, vi o que acontecia, desci e voltei a subir.

Na segunda vez parecia cena de começo ou fim de filme, vinha um vento “decidido”, não forte, mas com certeza não era fraco. Daqueles ventos de fim de tarde – mas não era fim de tarde – soprando numa direção só, não oscilava, eu vi uma bandeira do Palmeiras balançando, o vento vinha de não sei onde até onde o vizinho caiu. E na casa da frente as pombos estavam se juntando, muitas pombos! Não tentei contar na hora, mas talvez fossem 20 ou 30, não sei, só vi tanta pombo junta no centro ou em filmes.

E deviam ter o mesmo número de vizinhos se acumulando em volta.

Ele sangrava na cabeça…

Começamos a ouvir a sirene, as pombos voaram, todas juntas, e o resgate virou a esquina, passou por baixo do bando de pombos e parou em frente à casa, levaram o vizinho…

Eu fiquei vendo tudo da sombra de uma datura, ou saia-branca, mas ela não tinha flores (são as minhas flores preferidas, junto das rosas), e desci, voltei pra casa da minha avó antes de saber o desfecho.

Acho que aquela família vai lembrar por muito tempo daquele vento… mas não acredito que tenham notado as pombos.

29

Feb 2008

Teoria do Gato Flutuante

Clique para ver a Teoria do Gato Flutuante

29

Feb 2008

Novamente, de novo e outra vez

Às vezes a vida parece um jogo que a gente já jogou antes.

humpft!

Mas alguém uma vez disse que quando uma situação se repete demais na nossa vida é porque a gente está fugindo do que ela pode nos ensinar. E provavelmente foi alguém que hoje eu considere um trouxa, mas eu vou ter que pensar nisso.

28

Feb 2008

Tosse, morte, tristeza e romantismo

Uma conexão interessante.

Segundo a medicina chinesa o pulmão é o órgão da tristeza, portanto tristeza demais causa problemas pulmonares.

Causa no sentido de deixar vulnerável a_

A conexão é que os escritores do Romantismo morreram quase todos de tuberculose…

Cof cof

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